Fichamentos


      Fichamento II

    
CYSNEIROS, P. G. Novas tecnologias na sala de aula: melhoria do ensino ou inovação conservadora?
  •    Descrição da Obra

O autor ressalta no texto, o modo como os computadores estão sendo utilizados no contexto escolar, no qual, muitas vezes, eles não estão trazendo uma melhoria do ensino, sendo uma inovação da educação conservadora.
  •      Citações

"O professor encontra-se sobrecarregado com aulas em mais de um estabelecimento, falta-lhe tempo para estudar e experimentar coisas novas recebe baixos salários.” (p.12)
"Ao tratarmos de novas abordagens de comunicação na escola, mediadas pelas novas tecnologias da informação, estamos tratando de Tecnologia Educacional." (p.12)
“Nossa utopia é sempre tentar mudar a história futura para melhor, e não defendo posições tradicionalistas ou contrárias à  tecnologia na educação. Vejo as novas tecnologias como mais um dos elementos  que podem contribuir para melhoria de algumas atividades nas nossas salas de aula. Por outro lado, também não adoto o discurso dos defensores da nova tecnologia educacional, que mostram as mazelas da escolas (algo muito fácil de se fazer), deixando implícito que nossos professores são dinossauros avessos a mudanças. É um discurso tentando nos convencer a dar mais importância a objetos virtuais, apresentados em telinhas bidimensionais, deixando implícito que a aprendizagem com objetos concretos em tempos e espaços reais está obsoleta.”(p.14)
“Não quero com isso afirmar que tais tecnologias de exposição não são úteis. São sim, nas mãos de mestres criativos, dentro de contextos apropriados.” (p.16)
“Tal tipo de mídia pode também reforçar no aluno uma falsa sensação de ter aprendido a lição, pois tudo que o mestre escreveu está ali, gravado, do jeito dele, com os mesmos espaços, tamanhos, etc. Essa sentimento é ilusório, como todo mundo que já passou pela escola sabe. Alguns dias depois o aluno submete-se a uma prova confiante que aprendeu, e verifica que o conteúdo não foi assimilado segundo os objetivos (ou a avaliação) do professor.”(p.17)
“(...) a sabedoria de um professor de uma escola rural, ou de um velho pescador da comunidade, pode ser mais importante para a formação da identidade da criança e para a sobrevivência da cultura do que toda a informação que é produzida diariamente nos lugares sofisticados do planeta.” (p.20)
  •       Resumo do texto

O autor ressalta no texto que há uma concepção na educação de que ao se colocar o computador na escola se está inovando a educação, porém isso é errôneo conforme ressaltado pelo autor, pois muitas escolas colocam os recursos apenas para servir ao seu tradicionalismo. Portanto, conforme ressaltado pelo autor, não bastam apenas as TICS para o educador inovar sua prática, devendo os professores aprender a tirar as vantagens dessas TICS. Outro ponto, ressaltado pelo autor, é que o uso das TICS na escola faz com que os educadores se sintam desatualizados diante das centenas de informações vindas da internet, o que faz com que eles passem acessar as informações indiscriminadamente. Afinal, a internet nos proporciona inúmeras informações, porém nem todas são relevantes ao contexto de sala de aula, sendo em determinados momentos mais importantes às informações dos professores e alunos, devendo então se examinar o que está na internet e o ver o que realmente será relevante e qualitativo no processo de ensino e aprendizagem.
Portanto o autor ressalta que deve ocorrer um balanceamento, pois apesar da contribuição que o computador, as Tics, podem proporcionar a educação não significa que se deve deixar de lado a aprendizagem com objetos concretos, pois a tecnologia não pode substituir as praticas escolares concretas, como também ela não pode estar ausente na educação, pois ela tem muito a contribuir e enriquecer, mas para isso o professor deve reprensar suas práticas e perceber as possibilidades que o computador pode trazer para enriquecer seus processos de ensino.

  •      Comentário
O texto foi muito interessante, pois normalmente a essa concepção generalizada de que se deve superar o ensino tradicional e que uma das formas disso ocorrer é por meio das Tics, o que é uma visão errônea, pois não é a ferramenta que inova a educação e sim  o modo de ensinar do professor, sua didática.Outro ponto que achei relevante foi  a importância das Tics, não substituírem as praticas concretas, devendo elas serem usadas para acrescentar, para enriquecer as praticas educativas e não serem usadas para substituir os conhecimentos construídos entre professores e alunos, pois eles são muito importantes para a prática pedagógica não devendo jamais serem substituídos e sim complementados.


Fichamento I

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VALENTE, José, ALMEIDA, Fernando. Visão analítica da informática na educação no Brasil: a questão da formação do professor. São Paulo, p. 01-17, 1997. Disponível em: http://www.professores.uff.br/hjbortol/car/library/valente.html
  • Descrição da Obra

Os autores abordam a informática na educação no Brasil, mostrando a influência dos Estados Unidos e França, a partir de uma abordagem histórica. Apontando as diferenças e semelhanças nesses países na implementação da mesma na educação e a peculiaridade do Brasil com relação aos objetivos idealizados para essa educação. Apresentando os grandes problemas enfrentados pela informática na educação, devido às grandes mudanças tecnológicas, mas não pedagógicas.

  •          Citações

“Mesmo nos países como Estados Unidos e França, locais onde houve uma grande proliferação de computadores nas escolas e um grande avanço tecnológico, as mudanças são quase inexistentes do ponto de vista pedagógico. (...) Não se encontra praticas realmente transformadoras e suficientemente enraizadas para que se possa dizer que houve transformação efetiva no processo educacional como, por exemplo, uma transformação que enfatiza a criação de ambientes de aprendizagem, nos quais o aluno constrói o seu conhecimento, ao invés do professor transmitir formação ao aluno.”(p.2)
“...A sala de aula deve deixar ser o lugar de carteiras enfileiradas para se tornar um local em que o professor e alunos podem realizar um trabalho diversificado em relação ao conhecimento e interesse.O papel do professor deixa de ser o de “entregador” de informação para ser o facilitador do processo de aprendizagem. O aluno deixa de ser passivo, de ser o receptador das informações para ser ativo aprendiz,constritor do seu conhecimento...” (p.9)
“Na verdade, a introdução da informática na educação segundo a proposta de mudança pedagógica, como consta no programa brasileiro, exige uma formação bastante ampla e profunda do professor. Não se trata de criar condições para o professor dominar o computador ou software, mas sim auxiliá-lo a desenvolver conhecimento sobre o próprio conteúdo e sobre como o computador pode ser integrado no desenvolvimento desse conteúdo. Mais uma vez, a questão da formação do professor mostra-se de fundamental importância no processo de introdução da informática na educação, exigindo soluções inovadoras e novas abordagens que fundamentem os cursos de formação.”(p.14)
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  •        Resumo do texto

O autor começa ressaltando a influência que a informática no Brasil sofreu da França e dos EUA  e o modo como ocorria essa informática nesses países, tendo semelhanças e diferenças. No qual, a informática na educação nos EUA tinha uma tendência mais voltada para o mercado, existindo grandes mudanças tecnológicas, mas não no processo de aprendizagem por ser muito tradicional. Na França, não foi muito diferente, porque  apesar de ter se programado como nação para ser vista como modelo na questão da informática na educação, tendo um grande enfoque na formação dos professores para trabalhar com a informática, também não teve grandes mudanças pedagógicas, pois o objetivo principal era  apenas preparar o aluno para usar a tecnologia. Porém no Brasil que embora tenha sofrido influências desses países, teve um diferencial com a implementação da informática na educação com o EDUCOM que visava objetivos diferentes voltados para a parte pedagógica, pois havia uma preocupação maior com a proposta pedagógica, com o papel que o computador deveria desempenhar no processo de ensino e aprendizagem, porém na prática, não deu muito certo,  devido a forte tendência do ensino tradicional ainda presente no Brasil e também devido as dificuldades dos cursos de formação dos professores para trabalhar com  a informática, pois esses cursos eram apenas passagem de conteúdos ao invés de algo contextualizado que contribuísse para a prática desses profissionais. Além também da falta de equipamentos nas escolas.
O autor ressalta que o uso da informática não teve o sucesso esperado, devido ser fundamental para a informática na educação que se transforme essa educação tradicional, em um ensino contextualizado, flexível e dinâmico. Além de ser essencial, conforme ressaltado por ele, que esses cursos de formação sejam construídos junto com os docentes. Porém é exposto que apesar de ter ocorrido mais mudanças tecnológicas do que pedagógicas, nos três países ressaltados houve um avanço com relação a interdisciplinaridade que a informática na educação trouxe.
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  •       Comentário

Contudo ficou claro no texto, que mesmo com todo avanço da informática, como a criação de softwares, programas, sistemas entre outros, só a criação dessas TICs não fez e não fará grandes efeitos na educação, nos processos de aprendizagem, sendo fundamental que haja uma formação dos profissionais da educação para trabalhar com a informática nas suas disciplinas, mas para isso é fundamental que seja rompido esse ensino tradicional, no qual, a partir desse rompimento, a informática na educação poderá enriquecer muito os processos de ensino e aprendizagem.

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